Quando o assunto é meios de pagamento instantâneos, o Pix não para de quebrar recordes: a ferramenta lançada em 2020 pelo Banco Central (Bacen) consolidou o Brasil como um dos líderes mundiais em transações instantâneas. Segundo um estudo feito em parceria pela ACI Worldwide e a GlobalData, o país foi o segundo que mais usou pagamentos instantâneos em 2022, com 29,2 bilhões de transações e se mantendo em franco crescimento. 

De acordo com o Prime Time for Real-Time Report, o crescimento do uso de pagamentos instantâneos no Brasil de 2021 para 2022 foi de 228,9% – ou seja, mais do que triplicou. A nível global, o país ficou atrás apenas da Índia, cujas transações instantâneas foram 89,5 bilhões no ano passado – número que, por sua vez, representou um aumento de 76,8% de um ano para o outro. Atrás de Índia e Brasil vieram China (17,6 bilhões de transações instantâneas em 2022), Tailândia (16,5 bilhões) e Coreia do Sul (8 bilhões).

Fonte: Prime Time for Real-Time Report / Gráfico: Pomelo

Os dados levantados na pesquisa colocam o Brasil como responsável por 15% do total de pagamentos instantâneos em todo o mundo feitos em 2022. E, dentre os países que lideraram o ranking, o Brasil foi o único que teve crescimento percentual no volume de transações na casa dos três dígitos graças à alta registrada de 228,9%.

No mundo todo, os pagamentos instantâneos representaram 195 bilhões de transações no ano passado – uma alta de 63,2% em relação a 2021. E a previsão do estudo é de que, em 2027, esse número passe de 511 bilhões, com as transferências instantâneas sendo responsáveis por 27,8% de todos os pagamentos eletrônicos a nível global. Os números reforçam o que já mostravam outras previsões: os pagamentos instantâneos de fato vieram para ficar – não só no Brasil, mas mundo afora. 

Sistema de pagamentos instantâneos impulsionou inclusão financeira dos brasileiros

As boas novas vêm para reforçar outros números importantes para a inclusão financeira no Brasil. Em pouco mais de dois anos, o sistema descomplicou o até então caro e fragmentado ecossistema de transferências do Brasil, permitindo fazer pagamentos 24 horas por dia, sete dias por semana, sem custos e de forma imediata. 

Além de ter trazido mais mecanismos de segurança ao mercado de meios de pagamento, o Pix ainda traz outras funcionalidades práticas, como pagar alguém apenas com uma chave de identificação (CPF, número de celular ou e-mail, como desejar o usuário), dispensando a necessidade de gravar a conta e a agência, e ainda usar QR codes e códigos copiáveis (Copia e Cola) para pagamentos. 

E se tudo isso já facilitou a vida de usuários, comerciantes e também dos bancos, as novidades não param por aí: o Pix ainda deve receber novas ferramentas em breve, como transferências internacionais e um sistema próprio de crédito. Por todos esses motivos, o Pix impulsionou o acesso dos brasileiros, em especial a população de baixa renda, ao sistema financeiro e aos bancos.

Como contou ao portal do Banco Central Mayara Yano, assessora sênior do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Bacen, os dados divulgados na pesquisa da ACI Worldwide e da GlobalData reforçaram a importância social do Pix – mais do que apenas a praticidade que ele oferece:

Ao mostrar um panorama internacional, o trabalho evidencia o quanto o Pix é uma política pública bem-sucedida e que está impactando positivamente a sociedade, trazendo eficiência e redução de custos para o país, e transformando a vida de milhões de pessoas e empresas. Apesar de mais recente do que pagamentos instantâneos de outros países, a adoção e o uso do Pix já deixam o Brasil como um dos líderes absolutos do setor.

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Autor

  • Breno Salvador

    Jornalista e mestre em Relações Internacionais, foi repórter, redator, produtor e pesquisador antes de se juntar ao nosso time de Marketing. Curioso e brincalhão, diz que é uma esponja: aonde vai, gosta de absorver de tudo, aprendendo e vivenciando o que cada lugar tem de único. Adora música, livros, cozinhar, futebol e tênis.

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