São cada vez mais as empresas que, para além de atuarem na sua própria indústria e core business, escolhem também atuar em um diferente segmento de negócio, com o qual não necessariamente têm familiaridade – um deles, por exemplo, o de serviços financeiros. Com tecnologias e soluções como embedded finance, hoje qualquer empresa, independentemente de seu negócio, pode lançar serviços financeiros. 

É como se elas, com isso, também se tornassem fintechs. A Amazon lançando suas próprias soluções de pagamentos sem nem ao mesmo tornar-se (ou querer tornar-se) um banco é um bom exemplo disso, como você pode ver aqui

E qual o ponto desse movimento? 

Podem ser vários os motivos, mas, para citar alguns:

  • oferecer um produto ou serviço complementar ao que já comercializam a seus clientes
  • otimizar e melhorar a experiência dos usuários com um próprio meio de pagamento
  • agregar uma nova fonte de receita ao seu negócio, etc, etc.

Se lançar um serviço financeiro, seja ele qual for, está nos seus planos, nós listamos abaixo alguns dos pontos que você deve ter em conta ao fazê-lo de maneira bem-sucedida e assertiva.

Tudo começa com análises e investigações

Por mais que pareça óbvio ou básico, o ponto de partida para entender não só a viabilidade de lançar seus próprios serviços financeiros, mas também quais lançar, é conhecer e entender profundamente a audiência através de uma pesquisa de mercado. Esse ponto é extremamente importante.

E, principalmente, entender se e como isso agrega valor à proposta da empresa como um todo. Abaixo, vamos ponto por ponto:

1. Para quem são seus produtos?

Já que estamos falando de uma empresa que não atua previamente nesse mercado, não necessariamente a base ou perfil de clientes com a qual normalmente trabalha é a mesma que vai adquirir os serviços financeiros. E, no caso de sim, ser a mesma, suas necessidades financeiras certamente serão diferentes das que possuem em relação ao seu core business. 

Então, conhecer a audiência para a qual esse produto financeiro seria voltada, o que ela busca, o que ganharia de benefício ao adquirir/usar esse produto é mais que fundamental. 

2. O value proposition do produto

Logo depois vem um segundo ponto fundamental: entender o seu próprio produto. Em outras palavras, podemos dizer que é o momento de construir o value proposition dele. O que ele oferece para o usuário e quais são os benefícios, diferenciais e ganhos que oferece para o cliente. 

Esses dois estão extremamente atrelados – um depende do outro. A proposta de valor do produto deve partir do que esperam os usuários, resolvendo um problema ou necessidade.

3. … e o value proposition de sua empresa como um todo

Como é de se esperar, agregar um novo produto que não faz parte do principal negócio da empresa deve agregar valor à proposta da empresa como um todo para fazer sentido, de vez, para a operação.

Um exemplo: uma empresa de transportes que conta com motoristas parceiros poderia lançar uma conta digital voltada para os mesmos, permitindo que eles enviem pagamentos instantâneos diretamente através do aplicativo, além de poder receber os pagamentos referentes às corridas minutos após a mesma ser terminada. 

Considerando que esses parceiros, de qualquer maneira, terão um saldo a receber, o lançamento de uma conta digital corta o caminho para que eles o usem de maneira mais prática, fácil e rápida. Isso, portanto, é um motivo a mais para não só motoristas escolherem serem parceiros da empresa, mas também a preferi-la frente a outras concorrentes que não oferecem esse serviço adicional.

Win-win para as duas partes!

4. Criando novos insights a partir de tudo isso

Além, claro, de chegar a um produto que realmente sirva as necessidades de sua audiência, essas definições permitem às empresas ter uma melhor viabilidade e acompanhamento de como os usuários operam fora da sua unidade core. Isso, por sua vez, vai possibilitar que novos planos de ação e mecanismos sejam criados para oferecer serviços e experiências mais personalizados e baseados em dados.

De olho nas normas e regulações vigentes

Para fintechs, instituições de pagamentos e até mesmo as empresas que oferecem serviços financeiros estão sujeitas às leis e regulamentos estabelecidos no país em que operam. 

Cada país tem uma instituição encarregada de regular os serviços oferecidos por instituições financeiras como bancos. Ao identificar e definir quais serão os seus serviços financeiros e o que cada um deles vai oferecer, é importante investigar detalhadamente a regulamentação que se aplica a cada caso.

… e também nas licenças necessárias

A depender do serviço financeiro escolhido, pode ser necessário obter algumas licenças para poder lançá-los, o que pode ter um impacto significativo não só no desenvolvimento e criação do mesmo, mas também em seu lançamento. Ter essas informações de antemão ou contar com a consultoria e assessoria especializada para ajudá-lo com isso é outro ponto indispensável.

Não se engane – não para por aí!

O planejamento para agregar tamanha solução ao seu negócio não para por aí – nos pareceu importante listar apenas os pontos fundamentais que não devem fugir do seu radar. Porém, é importante continuar mapeando o que deve entrar na sua lista.

Por isso, o último item da nossa lista é uma sugestão: a de não hesitar em contar com a ajuda e guidance de players especializados na área e, portanto, não deixar nada longe do seu radar. 

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  • Team Pomelo

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