O Open Banking é uma tendência que não para de crescer em todo o mundo, mas principalmente na América Latina! Como a gente já sabe, neste momento um novo capítulo da revolução financeira está sendo escrito graças aos avanços tecnológicos – e só crescem as soluções de embedded finance e das finanças descentralizadas através do blockchain (DeFi), entre outras. Ao mesmo tempo, são os usuários de todas as instituições financeiras (e das próprias entidades) que buscam – ou exigem – melhores serviços e soluções com base em suas necessidades. 

Como resultado da mistura entre as demandas dos usuários e uma democratização dos serviços financeiros, o modelo de Open Banking vem se difundindo. Segundo um relatório global, estima-se que o mercado do Open Banking no mundo todo possa valer USD 123,7 bilhões até 2031 – bem acima dos USD 13,9 bilhões em 2020. Sem dúvida, isso reflete a importância e os benefícios que ele terá para todo o ecossistema financeiro. 

Neste artigo a gente vai explorar todo o potencial desse mercado e sua evolução na América Latina!

Uma introdução para começar: o que é Open Banking?

O Open Banking é um modelo que estabelece regras para que as diferentes instituições financeiras e não financeiras de um país compartilhem informações bancárias de seus clientes entre si – de forma segura e com a aprovação prévia do consumidor. 

Mas para que isso? Porque graças a esta disponibilização de informação, outras instituições têm a possibilidade de oferecer produtos e serviços financeiros personalizados de acordo com as necessidades identificadas no histórico e nos dados de comportamento de cada usuário. 

Todos os bancos ou serviços financeiros digitais, como as fintechs, poderão acessar as informações dos clientes de outras entidades por meio de APIs, desde que autorizadas por cada usuário a serem compartilhadas. Essa nova forma de interação oferecida pelo Open Banking (ou Open Finance, como alguns países chamam para incluir todos os agentes financeiros, além dos bancos), levará à formação de um novo ecossistema de dados digitais. E se isso não bastasse, vai facilitar a interação das pessoas com as diferentes instituições financeiras do mercado.

Isso permite ainda que mais empresas se estabeleçam no mercado, já que elas conhecerão melhor as necessidades dos usuários e terão visibilidade para atingir seu público específico. Além disso, o Open Banking busca reduzir barreiras e custos de acesso a serviços financeiros para qualquer pessoa, uma vez que com ele é possível acessar serviços de diversas empresas e por meio de canais alternativos – como marketplaces, lojas, aplicativos de mobilidade etc.

O papel dos Bancos Centrais

Um ponto muito importante é que cada país deve elaborar seu próprio regulamento para implementar o Open Banking – e um dos atores mais delicados de se estabelecer é o do interoperador. 

Para que o Open Banking funcione perfeitamente, as entidades terão de se conectar umas com as outras a partir de uma plataforma tecnológica de intermediação entre elas (sim, as APIs que a gente mencionou!). Caso contrário, a troca de informações pode ser ineficiente, insegura e pesada, uma vez que cada entidade terá de definir padrões de segurança e conectividade. A participação do Banco Central de cada país é essencial para criar bases sólidas e seguras para que o Open Banking seja democrático e eficaz.

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Quais vantagens o Open Banking oferece às instituições financeiras?

O Open Banking permite que as instituições financeiras consigam informações às quais não tinham acesso anteriormente sobre os usuários, para assim complementar seus produtos, ampliar sua proposta de valor e conhecer os hábitos e comportamentos financeiros dos clientes a quem elas oferecem serviços. Além disso, esta novidade:

  • Permite aumentar a concorrência no ecossistema, porque fica mais fácil para qualquer instituição financeira ter acesso a informações sobre os produtos que seus clientes possuem em outras entidades financeiras (sob autorização prévia). Isso levará a mais – e melhores – produtos sendo construídos para todos os consumidores.
  • Otimiza a visibilidade das empresas. Por exemplo, elas terão mais informações sobre a situação financeira dos usuários e se têm outros produtos financeiros em outras entidades. Isso os ajudará a tomar decisões baseadas em dados e muito mais informadas e, por sua vez, a proteger e otimizar seus negócios, oferecendo o produto certo para a pessoa certa. E também protegendo os usuários, uma vez que eles terão uma vida financeira mais saudável com serviços e produtos financeiros mais abrangentes e inclusivos.

E que benefícios isso dá aos usuários?

O conjunto de avanços dá aos consumidores de produtos financeiros a possibilidade de obter produtos e serviços focados na necessidade de cada um. Atualmente, o mais provável é que tenham produtos com mais de um banco, de forma segregada e sem muita facilidade de comparação de propostas de valor. No entanto, isso leva a contratempos, dificuldades em rastrear todos os seus produtos – e, portanto, não atende totalmente às suas expectativas. 

Diante dessa situação, o Open Banking oferece uma forma unificada de experiência dos produtos e, então, ter um melhor entendimento dos usuários e suas necessidades. 

Quais os desafios do Open Banking?

Estabelecer uma plataforma tecnológica que funcione como intermediário/interoperador entre instituições financeiras é, sem dúvida, um desafio para cada país que aprove e regulamente o Open Banking. O fornecedor desta ponte terá, sem dúvida, de considerar a utilização de tecnologias modernas, fáceis de escalar, concebidas para proteger a privacidade dos dados e concedendo controle dos mesmos ao consumidor e, acima de tudo, seguras.

Mas outro grande desafio precisa ser resolvido para os usuários: se eles concordarem em compartilhar seus dados, como garantir que não receberão um bombardeio de ofertas constantemente? 

Sem dúvida, é necessário estabelecer regras comuns que possam proteger o consumidor do que pode ser feito e, especialmente, do que não pode. Estas podem ter duas origens: normas internas estabelecidas pelo próprio setor financeiro, ou entidades públicas de defesa do consumidor. Não dá para perder de vista as regras do negócio, como e em que circunstâncias seus serviços serão oferecidos.

Brasil na dianteira

O Brasil é, sem dúvida, um dos pioneiros na região quando o assunto é Open Banking – ou melhor, Open Finance! Já que sua primeira missão ao estabelecer essa regulação foi abri-lo para outros agentes além dos bancos. E o país deixou isso claro com a atualização no nome. 

Com regulação já ativa, na maioria dos casos os usuários podem encontrar em sua plataforma financeira diferentes ofertas personalizadas de serviços ou produtos. E o Pix, método de pagamento instantâneo que revolucionou o mercado brasileiro, acompanhou essa evolução, facilitando a interoperabilidade nos pagamentos e zerando taxas de transações. 

Sobre o progresso do Open Banking no Brasil, Bruno Martucci, nosso head de Produto no país, nos contou: “O Open Banking que já está sendo consolidado no Brasil é um bom exemplo de como ampliar o acesso a produtos e serviços financeiros. Por exemplo, poder oferecer serviços com mais facilidade e melhores ofertas de crédito, recebendo acesso a dados autorizados pelo usuário, bem como aos diferentes tipos de financiamento. Graças ao Open Banking, os usuários poderão receber ofertas de produtos e serviços de bancos tradicionais, mas também de fintechs e empresas que, talvez, não teriam acesso ao modelo tradicional sem o Open Banking“.

Para encerrar…

O potencial oferecido pelo Open Banking para o setor financeiro e, mais precisamente, para a América Latina, onde as fintechs e a revolução financeira estão sempre crescendo, é, sem dúvida algo importantíssimo se você planeja se juntar ao ecossistema. Com sua meta de abrir mais e mais dados, a oferta de produtos de crédito e financeiros será cada vez mais mais democrática e permitirá que cada vez mais empresas tenham visibilidade e alcancem mais usuários. Win-win!

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  • Noelia Di Pietro

    Jornalista e especialista em Comunicação nascida em Buenos Aires. Chegou ao time de Marketing da Pomelo após escrever para meios de comunicação, agências e empresas do mundo da tecnologia da informação, experiências nas quais aprendeu a decifrar todo tipo de informação mais tech sobre software e blockchain. É cinéfila e ama música e conhecer nuevos lugares. E, acima de tudo, é uma cat lover.

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