Se os meios de pagamento não param de se transformar, a tecnologia por trás deles também segue evoluindo para acompanhar este ritmo intenso de mudanças. No gigante mercado de cartões de crédito, débito e pré-pagos, um dos melhores exemplos de praticidade tecnológica é a processadora de cartões: uma peça fundamental para que toda transação ocorra de forma rápida, descomplicada e segura.

Basicamente, são as processadoras que conectam os diferentes atores envolvidos em compras e outras transações com cartões – verificando saldos, autorizando, alertando para possíveis riscos de fraude e comunicando tudo ao banco e às bandeiras antes de a maquininha dizer “aprovado”. Tudo isso, imagine, em um fluxo automatizado que dura pouco mais de um piscar de olhos.

Vamos te mostrar aqui o que é exatamente uma processadora de cartões, como ela funciona e como ela pode se tornar uma aliada essencial para que o seu negócio de cartões suba a outro patamar.

O que faz uma processadora de cartões na prática

Uma processadora de cartões – também muitas vezes chamada de processador de pagamentos – faz a ponte que dá o OK para transações feitas com cartões em diferentes estabelecimentos (físicos ou online). Ela é responsável pela autenticação de vários tipos de operação: desde as compras até estornos, liquidações de compras parceladas e outras autorizações.

Seja para cartões de crédito, débito ou pré-pagos, de forma básica, a processadora é a responsável por várias etapas de cada operação, de forma automatizada e em questão de apenas segundos. No fluxo dessas etapas, a processadora faz o seguinte:

  • Comunica-se com as redes (de cartões e bancárias) necessárias na autenticação da transação;
  • Através da bandeira, a processadora verifica com o banco ou instituição que emitiu o cartão se há fundos disponíveis para uma compra (ou, por exemplo, se os valores estão de acordo com os fundos transacionados, em caso de estornos);
  • Avalia se a operação tem indícios de ser fraudulenta, se cumpre com requisitos regulatórios e ainda se apresenta outros riscos associados à legitimidade do cartão;
  • E a carta final: dá OK ou freia a operação, informa o emissor e a bandeira – e a decisão é repassada ao terminal ou leitor de cartão.

Como o trabalho de processamento lida diretamente com a comunicação entre a instituição que emite os cartões e os estabelecimentos comerciais, é normal que bancos tradicionais também atuem como processadoras. Por sua vez, fintechs e empresas de outros setores que também emitem cartões podem optar por contratar processadoras ou usar as de seus bancos parceiros, quando optam por usar licenças terceirizadas (que muitas empresas chamam de BIN sponsorship).

Ah: e as processadoras normalmente trabalham com diferentes bandeiras disponíveis no mercado, buscando atender mais clientes e mais negócios.

Quem é quem no processamento de cartões

A gente sabe que o modelo de negócios dos cartões é complexo, com uma infraestrutura que conta com vários atores:

  • As adquirentes (ou credenciadoras), que credenciam negócios para fazerem vendas no crédito. No mercado físico, as famosas “maquininhas”, e em compras online, as empresas de gateways;
  • As bandeiras por trás da infraestrutura dos cartões, que conectam os adquirentes aos emissores;
  • As processadoras (como indicamos, normalmente o próprio banco emissor);
  • E, claro, o emissor do cartão, responsável pelo crédito e por todo o relacionamento com o titular do cartão.

Como ocorre um fluxo de processamento de cartões

De forma bem simplificada, o caminho do processamento de compras com cartões acontece assim: 

  1. Um/uma cliente fornece os dados do cartão ao passá-lo na máquina/gateway de pagamento de um estabelecimento;
  2. As informações do pagamento vão então para a bandeira e de lá para a processadora. Ela avalia se há saldo suficiente para a compra junto ao banco/instituição que emitiu o cartão e faz avaliações de risco e fraude, depois comunicando tudo ao emissor e à bandeira;
  3. Com as informações autenticadas na parte de processamento, o emissor do cartão verifica os dados necessários do cartão e comunica à processadora se a operação foi autorizada ou recusada;
  4. A processadora então repassa a decisão à bandeira e à adquirente (maquininha ou gateway). Em caso de rejeição, o motivo deve ser especificado para que o terminal de pagamentos possa dispor a informação ao cliente.

Confere só o exemplo de um fluxo de de compras com a infraestrutura de processamento da Pomelo, explicada em detalhes no nosso site de documentação:

Mas por que a processadora de cartões é tão importante assim?

A gente te propõe uma reflexão: já imaginou a quantidade de perdas que podem acontecer se as transações com cartões forem autorizadas ou recusadas de forma equivocada? Seja por uma fraude que acabou conseguindo passar ou, por outro lado, uma compra que uma pessoa queria fazer e acabou recusada sem fundamento, acionando o bloqueio do cartão pelo banco emissor?

O trabalho da processadora pode parecer uma questão técnica que não importa muito para o usuário de um cartão, por exemplo. Mas para quem trabalha com cartões – seja em estabelecimentos, no setor de adquirência ou na emissão de diferentes tipos de cartão –, uma boa processadora faz uma enorme (e silenciosa) diferença.

A processadora é quem otimiza um processo financeiro super complexo

Embora uma transação com cartões seja cheia de intermediários e redes, e esteja sujeita a várias regulações e inúmeros riscos de segurança, as processadoras asseguram que o caminho se torne rápido e percorrido em apenas segundos. Qualquer cliente final não precisa nem mesmo saber o que está por trás do processamento quando faz uma compra: passa o cartão, espera alguns segundos e pronto! Tudo registrado e autorizado com segurança.

Ou ainda, em casos de fraude e de clonagem, lá está a processadora de novo – toda vez que uma compra é recusada porque foi detectado algo fora do comum, evitando prejuízos ao processo ao alertar as bandeiras e o banco emissor para que fossem tomadas providências.

E, nos tempos atuais, as processadoras mais modernas já trabalham com soluções dedicadas a simplificar a conversão de criptomoedas em exchanges para moedas fiduciárias, conectando o mundo crypto às finanças do dia a dia.

É essencial ter uma boa solução de processamento para seus cartões

Seja uma empresa que adota soluções de banking as a service ou oferece cartões, ter uma boa processadora faz a diferença. Enquanto os grandes bancos já contam com soluções estabelecidas (que não param de se digitalizar), fintechs e outras empresas que demandam serviços de processamento já vêm operando diretamente com parceiros que usam APIs – tornando este percurso mais rápido e seguro ao simplificar a integração a seus negócios.

Dentre os principais pontos que vale a pena levar em consideração ao adotar serviços de processamento, é fundamental escolher quem:

  • Já tem experiência e é bem avaliada no mercado;
  • Conta com um fluxo rápido de processamento de transações;
  • Opera com uma infraestrutura sólida – de preferência, usando APIs para acelerar a integração;
  • Trabalha de forma transparente com taxas e custos;
  • Oferece serviços bons e rápidos de atendimento e customer experience;
  • E, se você opera com cartões crypto, não esqueça de buscar quem ofereça uma conversão descomplicada das criptomoedas de seus clientes para moedas fiduciárias.

Não importa qual a finalidade do seu negócio: se você quer que seus cartões oferecidos a seus clientes e usuários operem de forma eficiente, é imprescindível apostar em uma boa processadora!

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Autor

  • Breno Salvador

    Jornalista e mestre em Relações Internacionais, foi repórter, redator, produtor e pesquisador antes de se juntar ao nosso time de Marketing. Curioso e brincalhão, diz que é uma esponja: aonde vai, gosta de absorver de tudo, aprendendo e vivenciando o que cada lugar tem de único. Adora música, livros, cozinhar, futebol e tênis.

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