Não é nenhuma novidade que o avanço das fintechs e soluções tecnológicas possibilitou o surgimento de serviços financeiros mais eficientes, econômicos e pensados nas necessidades dos consumidores. E muito disso se deve à popularização das soluções cloud native, que permitem criar produtos mais rápidos, flexíveis e inovadores no setor.

Através deste modelo baseado em soluções na nuvem, que são mais adaptáveis a demandas tecnológicas e de mercado, muitas empresas desenvolvem serviços mais rápidos, baratos e ágeis. Isso porque, dentre outras possibilidades, a tecnologia cloud native não depende de barreiras físicas, além de permitir a integração fácil de sistemas que em outros tempos não se comunicavam direito (e causavam muitos atrasos e desperdícios). Então, não é por menos que o setor bancário vê os índices de adoção desta tecnologia dispararem:

  • Uma pesquisa da IBM de 2021 mostra que 79% dos bancos de todo o mundo afirmam estar utilizando atualmente a nuvem pública, e 77% indicam que utilizam serviços de nuvem privada;
  • E a pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2022 mostrou que despesas com métodos de cloud tiveram crescimento de 200% entre os bancos.

Neste post, a gente explica tudo o que você precisa saber sobre a tecnologia cloud native, como ela pode elevar o patamar dos seus serviços financeiros e como os peixes grandes da indústria já embarcaram neste novo paradigma.

 

Antes de tudo: o que é a tecnologia cloud native?

A tecnologia cloud native (ou nativa em nuvem) é o conjunto de processos e técnicas que ajudam desenvolvedores a construir, implantar e rodar aplicações cuja infraestrutura esteja baseada na nuvem de serviços como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud Platform. Ao adotar esta base, um negócio não precisa de uma estrutura fixa para poder oferecer soluções tecnológicas como apps, softwares ou e-commerces (como acontece com os data centers e os servidores físicos de gerações anteriores). Isso acontece porque todos os dados que este serviço gera e armazena estão diretamente hospedados na nuvem, online.

Serviços dos mais variados tipos podem embarcar nesta próxima geração de aplicações. São aqueles que usam computação em nuvem – que inclui, entre várias outras coisas, as APIs, arquitetura em microsserviços, contêineres, malhas de serviço, servidores com tempo de funcionamento indeterminado, orquestração e DevOps com integração e entrega contínuas.

Os serviços cloud native conseguem atender a muitos usuários ou clientes ao mesmo tempo, sem perder a qualidade nem a velocidade, além de serem mais flexíveis – pelo fato de que podem ser trabalhados de forma simultânea por desenvolvedores de diferentes áreas. Além disso, têm mecanismos de segurança mais avançados que soluções que dependem de infraestrutura física para o processamento de seus dados. Estas características fazem com que as aplicações cloud native sejam mais rápidas, escaláveis e inovadoras.

Alguns exemplos de serviços que podemos citar:

  • Streamings de vídeo e de música;
  • Drives de armazenamento de arquivos em nuvem;
  • Serviços de comunicação, chamadas e videoconferências;
  • Soluções de ferramentas e de produtividade para empresas, como plataformas CRM;
  • Serviços de inteligência artificial em nuvem;
  • E as mais variadas soluções variadas em finanças, incluindo as bancárias.

Ainda que os negócios citados acima sejam muito diferentes entre si, têm em comum o fato de serem escaláveis, com tecnologia flexível e avançada que permite que otimizem bastante seus recursos. Para entender em números: 

  1. Segundo a Oracle, as aplicações cloud native podem reduzir os custos de infraestrutura em até 40%, aumentar o desempenho em até 25% e melhorar a segurança e a conformidade dos dados. 
  2. E ainda há a eficiência dos custos que tudo isso traz: de acordo com um estudo da Accenture, 23% das empresas já adotam a computação em nuvem considerando apenas a economia financeira gerada. 
  3. E, em dois anos, o número de desenvolvedores cloud native aumentou em mais de dois milhões e chegou a 6,8 mihões, segundo um levantamento realizado em 2021 pela Cloud Native Computing Foundation.

 

O que significa ter serviços financeiros cloud native?

Os serviços financeiros cloud native aproveitam toda a praticidade da nuvem para oferecer melhores soluções aos clientes. Isso vale tanto para negócios B2B (entre empresas) quanto para os B2C (para o consumidor final). Dentre as muitas opções que podemos ver no mercado, estão:

  • Operações de bancos, fintechs e demais instituições financeiras;
  • Atividades de investimentos, crédito, seguros e outros; 
  • E até soluções de banking as a service (BaaS) e embedded finance, que permitem a inúmeros tipos de empresas oferecerem suas próprias unidades financeiras e oferecer produtos neste setor a seus clientes.

E quais as vantagens disso? 

Os principais benefícios das soluções financeiras cloud native passam pela capacidade de incorporar mais velocidade, robustez e flexibilidade na construção dos serviços que são oferecidos aos clientes. Abaixo, detalhamos cada uma dessas vantagens:

Mais flexibilidade para lançar e adaptar

Por terem tecnologia mais flexível, com uso de automação, APIs e arquitetura de microsserviços, as soluções cloud native neste setor ajudam as empresas a desenvolver mais rapidamente suas unidades financeiras. Equipes de desenvolvedores podem avançar simultaneamente, sem comprometer o andamento de um ou outro módulo que estejam sendo desenvolvidos em paralelo. Isso leva a entregáveis muito mais rápidos, além de impacto mínimo ao usuário quando a empresa estiver fazendo qualquer atualização tecnológica ou mudanças como a migração de suas infraestruturas de pagamentos.

Em algumas instituições financeiras tradicionais, como bancos, a simples mudança de um firewall para um modelo novo pode se tornar um projeto de um ou dois anos, com licitações, grandes custos de equipamento e licenciamento. Por outro lado, migrar para a nuvem pode gerar um aumento considerável na disponibilidade dos serviços sem ter que aumentar os custos e nem fazer investimentos muito grandes.

(Juanjo Behrend, Diretor de Engenharia e Head of Infra, Security, Data e Fraud na Pomelo)

Estabilidade e elasticidade frente a quaisquer demandas

Serviços financeiros cloud native são mais estáveis e menos propensos a sofrer com intermitências ou perdas de dados, porque sua tecnologia opera normalmente mesmo quando algum componente sofre alguma falha local – e, muitas vezes, eventuais falhas já são detectadas e corrigidas automaticamente. Para quem oferece produtos de uso tão corriqueiro pelo público, como tudo que envolve finanças, apostar neste diferencial é bastante oportuno.

Nosso Diretor de Produtos no Brasil, Bruno Martucci, detalha um exemplo da importância de apostar na resiliência neste tipo de serviço: a Pomelo adota 6 zonas hot-hot – ou seja, zonas de processamento cloud que funcionam simultaneamente. Além da flexibilidade que elas proporcionam, as zonas hot-hot “dão muita robustez e solidez à operação e garantem que as atividades de processamento não sofram interferências em diversos tipos de ocorrência (quedas de energia, eventos climáticos e eventos sociais, entre outros)”.

E quando a gente fala em experiência do usuário, um ponto fundamental é a elasticidade em momentos em que a demanda é aumentada. Ou seja: uma carteira digital tem momentos de pico nas transações feitas por seus usuários? Enquanto soluções de aplicações locais precisam de infraestrutura física adicional para não sofrer impactos, as cloud native não passam por esse problema porque sua infraestrutura já está planejada para isso: de forma automática ou com a ativação remota de um recurso virtual, já podem flexibilizar a capacidade de seu processamento de acordo com a necessidade.

É graças a esta tecnologia resiliente que, por exemplo, a infraestrutura tecnológica de serviços financeiros da Pomelo consegue suportar grandes demandas de carga e estresse em tarefas como emissão de cartões e processamento de transações financeiras.

Segurança reforçada

Soluções cloud native como as de BaaS e de infraestrutura fintech apostam em criptografia de dados, controles de acesso e auditorias. Tudo isso ajuda a empresa a se manter atualizada e evitar riscos envolvendo compliance, violações de dados e fraudes, garantindo ainda o cumprimento de normas importantes do sistema financeiro como a PCI-DSS.

Migrar para a nuvem permite que a instituição financeira terceirize ao provedor da nuvem as responsabilidades sobre seus servidores, sistemas de armazenamento e infraestrutura de rede, enquanto mantém o controle sobre seus dados e aplicações.

(Juanjo Behrend, Diretor de Engenharia e Head of Infra, Security, Data e Fraud na Pomelo)

Facilita todo tipo de negócios

A economia e a praticidade que as soluções cloud native dão aos produtos financeiros são acessíveis a inúmeros tipos de planejamento. Um banking as a service ou uma unidade de cartões, por exemplo, são adaptáveis a qualquer tipo e tamanho de negócio. Isso acontece pelo fato de que ferramentas presentes em cloud native, como as APIs, reduzem as barreiras tecnológicas para integração e geram um time-to-market muito mais previsível e acelerado. Consequentemente, a proposta de valor deste serviço financeiro melhora – e permite inovar cada vez mais em mercados competitivos como, por exemplo, os de cartões e contas digitais.

Além disso, provedores de infraestrutura tecnológica para serviços financeiros cada vez mais operam com foco em se adequar ao core business das empresas parceiras. Uma empresa que queira, por exemplo, oferecer sua própria unidade de cartões, contas ou crédito pode deixar a parte tecnológica a cargo do provedor – economizando tempo e recursos ao focar apenas em desenvolver suas próprias estratégias de mercado e de inovação.

 

O mercado aposta cada vez mais em soluções cloud native

Já faz tempo que não são mais apenas as startups e fintechs quem estão operando com este novo paradigma tecnológico: bancos gigantes, bolsas de valores, neobancos que viraram unicórnios, empresas big tech que oferecem soluções em finanças… com tantas vantagens, não poderia ser diferente, né?

Tudo isso só reforça o quanto migrar para a nuvem é uma escolha oportuna para escalar os negócios e oferecer melhores produtos financeiros!

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Autor

  • Breno Salvador

    Jornalista e mestre em Relações Internacionais, foi repórter, redator, produtor e pesquisador antes de se juntar ao nosso time de Marketing. Curioso e brincalhão, diz que é uma esponja: aonde vai, gosta de absorver de tudo, aprendendo e vivenciando o que cada lugar tem de único. Adora música, livros, cozinhar, futebol e tênis.

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