Lançado pelo governo federal e contando com o apoio de grandes bancos e financeiras, o programa Desenrola Brasil é um programa que tem como objetivo renegociar dívidas dos cidadãos brasileiros. A nova iniciativa não só dá alívio para milhões e milhões de cidadãos, como também abre novas oportunidades para o setor financeiro no Brasil: com incentivos às instituições financeiras e menos inadimplência, soluções como as de crédito e de cartões ganham força para ampliar ainda mais o acesso dos brasileiros aos serviços financeiros.

Vem ver com a gente o que é o Desenrola Brasil, suas vantagens e como ele pode impulsionar os negócios no setor financeiro.

O que é o programa Desenrola Brasil

Regulamentado em portaria do governo federal de julho de 2023, o Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes (Desenrola Brasil) foi criado para dar assistência a cerca de 30 milhões de brasileiros que possuem dívidas – em especial os que têm menor renda – e potencialmente beneficiar até 70 milhões a longo prazo. 

Dentre os destaques que o programa traz, em um primeiro momento, 1,5 milhão de brasileiros que deviam até R$ 100 saem da lista de negativados – ou seja, quando o consumidor tem uma dívida pendente e fica com restrições de acesso a crédito (o famoso “nome sujo”). Além disso, o programa oferece vantagens para duas faixas de adesão:

  • Primeiramente, quem tem renda de até R$ 20 mil pode renegociar suas dívidas diretamente com instituições financeiras. Dívidas inscritas até 31 de dezembro de 2022 podem ser renegociadas à vista ou parceladas em até 60 meses;
  • E, em uma segunda fase, quem tem renda mensal de até dois salários mínimos ou está inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) pode renegociar dívidas de até R$ 5 mil. Através da plataforma Gov.Br, poderão ser renegociadas dívidas de consumo (água, luz, telefone, varejo, bancárias) e as de empréstimo consignado.

Oportunidades de negócios que o Desenrola traz às instituições financeiras

O Desenrola Brasil é apontado por especialistas do setor financeiro como, além de gerar baixo impacto fiscal, ser uma ferramenta com o potencial de reduzir em até 40% a inadimplência no Brasil, que hoje atinge 66 milhões de pessoas (40,6% dos adultos). 

E se a redução do número de negativados já era incentivo suficiente para reaquecer o mercado de crédito no país, bancos e instituições financeiras podem se cadastrar no programa e se beneficiar de crédito presumido com garantias para renegociar dívidas comuns – com isso, aumentando sua posição de capital para impulsionar novos financiamentos. 

Os principais bancos públicos e privados do Brasil aproveitaram este win-win e já embarcaram no programa. Empresas securitizadoras e Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) também estão incluídos na portaria como credores do programa, o que garante a participação das fintechs de crédito na iniciativa.

Primeiro, todas as pessoas, ao renegociar suas dívidas, saem dos cadastros de inadimplência e podem voltar a ter crédito. Do outro lado, os bancos, independentemente da primeira medida, têm R$ 50 bilhões a mais para emprestar para a população.

Marcos Barbosa Pinto, secretário de Reformas Econômicas da Ministério da Fazenda, à Folha de S.Paulo

 

Dá para impulsionar os negócios com crédito e cartões com o Desenrola?

Além das oportunidades de crédito que as instituições financeiras passam a ter ao aderir ao Desenrola Brasil, a redução da inadimplência de milhões de brasileiros fortalece os prestadores de serviços financeiros. 

Tenho certeza que com programas como o Desenrola vamos ver mais transações, compras, uma economia mais ativada e com maior crescimento. Também é bem possível que a quantidade de cartões emitidos aumente e que as fintechs também apresentem novas soluções para essas pessoas que precisam de crédito.

John Paz, Country Manager da Pomelo no Brasil

 

Vejamos algumas das oportunidades que surgem neste sentido:

  • A adesão das instituições financeiras ao Desenrola – sejam elas bancos, fintechs ou outros formatos como cooperativas – possibilita sua entrada no leilão de crédito com garantias do programa (para dívidas bancárias, dívidas de serviços básicos e dívidas de companhia), além da renegociação de dívidas que antes poderiam se arrastar até caducarem. Como explica nosso diretor de Business Development no Brasil, Daniel Rojtenberg, a ampliação da oferta deve significar mais crédito disponível e a custos menores;
  • Com mais dívidas quitadas e melhor acesso a crédito pelos cidadãos brasileiros, o setor financeiro ganha mais oportunidades de reforçar a inclusão financeira com soluções de crédito (empréstimos, financiamentos, entre outros) antes inacessíveis a milhões de cidadãos negativados. Segundo Rojtenberg, plataformas de banking e soluções de emissão de cartão também tornam-se opções interessantes para os bancos como instrumento para ampliar as suas ofertas aproveitando o novo cenário de crescimento da economia;
  • Como explica nosso Country Manager no Brasil, John Paz, o nome limpo associado a uma melhor oferta de crédito faz que cidadãos passem a gastar de forma mais consciente. E, com o alívio financeiro prometido pelo programa, as empresas que emitem cartões e demais soluções fintech têm ainda mais possibilidades de atrair clientes que antes estavam com restrições ou dificuldades de contratar novos produtos financeiros.

E, pensando nas empresas que queiram robustecer sua proposta de valor ao integrar unidades de negócios financeiros como cartões, contas digitais e soluções de crédito, o caminho fica ainda mais fácil com a facilidade cada vez maior de adotar soluções de embedded finance e banking as a service!

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Autor

  • Breno Salvador

    Jornalista e mestre em Relações Internacionais, foi repórter, redator, produtor e pesquisador antes de se juntar ao nosso time de Marketing. Curioso e brincalhão, diz que é uma esponja: aonde vai, gosta de absorver de tudo, aprendendo e vivenciando o que cada lugar tem de único. Adora música, livros, cozinhar, futebol e tênis.

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